A qualidade de uma pastelaria, na minha opinião, mede-se pelo galão e pelas torradas. Aqui na Terceira todo o boteco serve galão com espuma em cima, não sei porquê, é tradicional acho eu.
Aí não há muitos sítios que caprichem na forma de servir o galão (Padaria Portuguesa é uma das excepções). Aqui servem-se em canecas grandes todas maricas, não naqueles tradicionais copos.
Esta manhã os botecos a que costumamos ir estavam fechados e a alternativa, já sabiamos, que não ia ser grande coisa mas lá fomos.
O Rui pediu uma torrada. Quando vi a moçoila agarrar num saco de pão de forma marca branca pensei: "F***-** (pensei) nunca mais venho aqui! Atrevem-se a servir torradas em pão a fingir? Aquilo nem merece ser chamado pão!".
Aquela torrada foi a coisa mais desenxabida que vi nos últimos tempos, até tive pena dele. As minhas torradas feitas em casa, com pãozinho da moita (é como o chamam aqui mas para mim aquilo é pão de mafra) são mil vezes melhor. Devem estar a pensar: "Então mas porque é que não comem em casa?"
Ao fim-de-semana gostamos de tomar o pequeno almoço fora, para passear, levar a Clara ao parque, espairecer, é dos poucos luxos que vamos mantendo!
O que distingue um bom estabelecimento comercial de um mau são estas pequenas coisas: o tipo de pão que usa numa torrada (ou seja, a preocupação pela qualidade da matéria prima que serve), a simpatia, a relação qualidade-preço, etc...
Para além de tudo, pagámos 1.20€ por cada galão!
1 comentário:
Serviços destes só nos facilitam a vida aqui na Praia da Vitória: há duas boas pastelarias e ponto!
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