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quinta-feira, julho 27, 2023

Alcatel em Santarém

 

Este foi o meu primeiro telemóvel. Não este, um igual a este. Recebi-o aos 17 anos, algo incrível e inacreditável aos olhos das minhas mais velhas. Parece que sou da idade da pedra. Isto é geracional, não é? Esta coisa de se contar como era tão diferente na nossa altura. A minha mãe falava-me da pobreza e da luta contra o fascismo. Eu falo de telemóveis, cassetes, vhs, discman...

Eu adorava este tlm por não ser o óbvio preto que toda a gente tinha. Não é querer ser diferente, é não querer ser igual. 

Escolhi um toque absolutamente ridículo e fui bem gozada por isso. Lá está, não queria ter um toque banal, então escolhi uma musiquinha parola. Sempre que o tlm tocava as minhas companheiras de casa (Santarém), riam-se. "Muda o toque, este é bué parvo!"- a dizer a uma gaja de Via Rara para fazer algo?! Claro que nunca mudei, apesar de sentir alguma vergonha se ele começasse a tocar no comboio ou no supermercado.

Nesse primeiro ano que vivi em Santarém também fui bastante gozada porque à noite ouvia barulhos que ninguém mais ouvia e não conseguia dormir. Quando o barulho ocorria chamava-as e dizia: "estão a ouvir?...(silêncio)...bzz....bzzz, não ouvem? Um barulho elétrico!?" - e elas riam-se e diziam que eu era choné, que tinha ouvidos super potentes. 

Enfim, o barulho era real, era um neon  de um cabeleireiro por baixo de nós, que piscava a noite toda. Gentilmente fui falar com a dona do cabeleireiro explicando que não conseguia dormir, se seria possível desligarem aquilo por volta da meia noite. Ela borrifou-se para  mim e depressa conheci todo um novo mundo de tampões para os ouvidos. 

Eu, em Santarém, armada em parva.






quinta-feira, novembro 21, 2019

Quintas nostálgicas

A nossa praia de fim de semana não ficava na Costa de Caparica, como a maioria dos meus amigos. O meu pai odiava confusão, trânsito, gente por todo o lado.
Em vez de rumar a sul, íamos para oeste, para o mar batido da zona da Ericeira. A nossa praia era a da Foz do Lizandro:



Ficávamos na praia durante a manhã, muitas vezes a comer areia por causa do vento. À hora combinada o meu aparecia para nos levar para o spot que tinha escolhido para o nosso pic-nic, geralmente pinhais, onde tínha mesa montada e manta no chão.
O meu pai não ia à praia connosco, preferia montar o estaminé, apanhar caracóis e por ramos de eucalipto na chapeleira do carro. Confesso que aquele cheiro intenso a eucalipto no carro dava-me vómitos, mas ele gostava.
Um dos sítios mais emblemáticos desses domingos em família era a Aldeia Típica do José Franco. De vez em quando, quando tínhamos sorte, dávamos lá um saltinho. Aquele moinho à beira da estrada era a Disneyland da minha infância e sempre que parávamos era uma festa regada a Sumol de ananás e pão com chouriço.






quinta-feira, setembro 12, 2019

Quintas Nostálgicas


No anos 90 estes eram os meninos de ouro do futebol português. Eu tive uma grande pancada pelo João Pinto. Tinha o quarto cheio de posters dele (don't judge me, please).
Pontos fortes desta foto: o casaco do Rui Costa, o cabelo do Fernando Couto, as gravatas do Baía e do Sousa e o cinto do João Pinto. Um preciosidade e uma viagem no tempo.

quarta-feira, julho 17, 2019

terça-feira, outubro 03, 2017

35 anos, 35 músicas

 Este post vai ser gigante mas, para mim, não há melhor maneira de festejar o meu aniversário do que com música.

Outubro 1982

"Somzaço" para começar bem a vida.

1983

Muito, muito bom. Das melhores músicas alguma vez feitas.

1984

É Queen. Não é preciso dizer mais nada.

1985

Uma das melhores dos 80's e um dos melhores vídeos musicais de sempre.

1986

Mítica.

1987

U2. Genius.

1988

Ano de entrada na escola, música apropriada.

1989

Uma preferida dos Metallica.

1990

Ah os 90's, ah o Richard Gere...
O Richard Gere era o meu bonzão de eleição nos 90's...ah e tal mas ele é velho, o Brad Pitt e Leo di Caprio é que são giros e novinhos. Não, miúdas parvas, não.
Aquela maneira de andar, a maneira elegante como colocava as mãos nos bolsos, a maneira como piscava muito os olhos quando estava chateado...pronto, tiques que lhe fui apanhando e que me faziam suspirar.

1991

Ok, calma. Esta foi durante muito tempo A minha música preferida. Eu era muito romântica, adorava o filme, enfim, isto batia forte cá dentro.

1992

Outra música imortal.

1993

Oh pá tão mas tão bom. James é divinal, esta letra é espectacular.

1994

O concerto foi gravado em novembro de 93 e lançado em 94. O Unplugged dos Nirvana mudou a minha vida. Pronto, não mudou a minha vida mas mudou os meus gostos musicais. Vá também mudou um pouquinho a minha vida.

1995

Que música, que álbum. 

1996

Este foi o pior ano da minha vida.
Esta marcou-me. Muito.

1997

O que eu gramava isto, super rebelde e não sei quê. Ah e tal e o camandro ninguém me vai agarrar...

1998

Eu não gostava dela mas...a música ficava no ouvido. Maldita.

 1999

Ouvi muito isto. Lembro-me de ouvir isto no Estádio de Alvalade.

2000

O iníciozinho dos Coldplay...

2001

Lembro-me de ouvir isto na faculdade. Tão brutal. Que banda.

2002

Gosto muito, muito, muito desta música.

2003

 Adoro esta música

2004

Estive no primeiro Rock in Rio em Lisboa. O cartaz desse dia foi brutal. Metallica, Moonspell, Sepultura, Slipknot e Incubus. Não conhecia muito bem Incubus mas eles aguentaram-se à bomboca, tocar para um público de metal não sendo uma banda do género não é fácil. O concerto deles foi muito fixe, ele canta mesmo bem, muito bom. A partir daí comecei a gostar mesmo da banda.

2005



Eu sei, eu sei, só uma música por ano mas não dá. Não dá. Com estas duas na lista não consigo. Ouvi-as tanto, tanto.

2006


 "Tens assim uma frase de uma música que gostarias um dia de dedicar à tua cara metade?"
"Sim. I don't mind if you don't mind cause I don't shine if you don't shine!"

2007

Há filmes que têm de se ver. Ninguém pode falecer sem ver os Star Wars todos, os Senhor dos Anéis, o Padrinho, etc.
Este Into The Wild é daqueles filmes que se têm de ver. Primeiro porque a banda sonora está toda a cargo do Eddie Vedder. Se querem sacar um álbum que vos faça pensar na vida saquem a banda sonora deste filme.  Em segundo lugar é baseado numa história verídica de um jovem que quis libertar-se das amarras da sociedade. Nem tenho palavras para descrever. 5 estrelas, 10 estrelas. 1000 estrelas para o filme e para as músicas. São todas boas.

2008

Ora bem, este ano foi muito importante. Lembro-me que ouviu-se muito esta música nesse verão e guardo excelentes recordações desse verão.

2009

Esta pode parecer um pouco fora da caixa mas gosto muito

2010

Musicão. "I'm a soldier of love every day and night"

2011


Nascimento da Clara. Música que mais ouvimos no carro nesse verão.

 2012

Ouvi muito esta música neste ano

2013

Açores

2014

Em 2014 recebemos muitos amigos nos Açores e a todos eles fizemos questão de apresentar este grande som.

2015

Nascimento da Alice. Tinha as hormonas aos saltos quando vi este vídeo pela primeira vez. É fofo demais, não dá para resistir. Chorei. Muito.

2016

A música do ano passado, para mim, foi esta. Marcou o nosso versão, as nossas férias em Barcelona.

2017

A mais recente obsessão áudio da Clara. Já ouvimos esta música dezenas de vezes e sempre que chegamos ao carro ela diz: "Oh mãe podes pôr o editing now?"

quinta-feira, julho 02, 2015

Kussundulola - Perigosa



Eu sei que devia encaixar esta música na etiqueta "músicas mais horríveis de todos os tempos, eu sei. Não consigo, eu sei que é horrível mas traz-me tantas recordações. No outro dia estava no Continente e isto começou a tocar. Voltei a ter 11 ou 12 anos a um verão perdido na minha memória em que o o Luís Pereira de Souza apresentava o Onda de Verão, um programa que era filmado no Tamariz e que eu via com muito afinco (não havia mais nada).




quarta-feira, julho 01, 2015

Lady

Como já disse no post anterior vou deixar o blog programado para passar música durante os dias que estiver fora. Vou deixar músicas saudosistas e/ou horríveis, num misto de saudosismo e bom humor. Cá fica a primeira:



Das músicas mais batidas do meu 12º ano, corriam os anos de 1999/2000. Confesso que ainda hoje gosto imenso dela, tem uma certa intemporalidade.

segunda-feira, maio 25, 2015

We're not gonna take it



Crescer com irmãos mais velhos faz com que tenhamos acesso a bandas e a estilos musicais muito à frente da nossa idade. Lembro-me de ser tão petiz, sei lá 6 ou 7 anos, e delirar com esta música. Eu curtia milhões a ouvir isto, dançava e cantava (no inglês possível que era nenhum). Esta música leva-me às recordações felizes da minha infância, da aparelhagem gigante com dois decks de cassetes, um gira discos no topo e espaço em baixo para guardar os discos de vinil. O melhor de tudo era ter acesso às cassetes que não eram minhas mas que me agradavam tanto, cheias de rockalhada.


segunda-feira, maio 18, 2015

António Variações, o Freddie Mercury português



Quando era miúda odiava António Variações, era alternativo demais para a minha cabecita. Há coisas na vida que só aprendemos a gostar mais tarde, quando refinamos. O meu pai gostava muito e para mim é um orgulho pensar que ele gostava de um artista tão diferente e tão à frente do seu tempo. Deixa-me orgulhosa porque o meu pai era um homem do antigamente e antigamente tudo parecia mal.

O António Variações é um génio que morreu cedo demais e pouco mais a dizer sobre ele.

Agora, tantos anos depois da morte de ambos, quando oiço Variações lembro-me do meu pai e das saudades que tenho dele.


quinta-feira, abril 30, 2015

Os melhores gelados da Olá de sempre (na minha mui humilde opinião)

Um dos meus preferidos de sempre, a bolacha era muito estaladiça e por dentro tinha imenso caramelo

Não consegui arranjar uma imagem melhor, o gelado chama-se Dinamite, tinha um interior de chocolate e a parte de fora era chocolate tingido de rosa com Peta-Zetas incorporadas.


Ah o Sky, o sky era um Roll mas em melhor, porque o interior era uma barra redonda de chocolate.

Mas o Feast é, sempre foi e sempre será o meu número 1.

Ainda bem que nunca tiveram a infeliz ideia de o tirar do mercado, é mesmo o gelado que me preenche e não é dos mais caros. E vocês perguntam: então e os Magnum? Epá para mim o Magnum é muita parra e pouca uva, a parte de fora é maravilhosa, aquele chocolate é mesmo bom mas depois aquele interior não tem piada nenhuma. O Feast tem chocolate em todas as suas camadas e o chocolate nunca desiliude (e nunca é demais).

terça-feira, abril 14, 2015

Rica, pobre ou milionária


Gajedo da minha idade, vocês lembram-se deste jogo? Este é uma versão "amaricana" mas fez-me andar atrás no tempo.

quarta-feira, março 25, 2015

Do you remember these things

Tive uma máquina "fotográfica" igualzinha à da imagem...

sábado, março 14, 2015

Universal



Esta música foi lançada em 1995, há vinte anos atrás (fo**-**, vinte anos). Em 1995 eu tinha 13 anos e um gosto ávido por música (igual ao que tenho hoje). Na altura tinha uma cassete VHS especial só para gravar vídeo clips. Quando consegui gravar este fiquei nas nuvens, já que, o Damon Albarn era (a par com o Kurt Cobain) o meu supra sumo de beleza masculina. Pensando bem nisso, é engraçado como os gostos mudam, na altura achava mais piada a loiros de olhos claros. O rapaz de quem gostei do 7º ao 9º também era loiro. Enfim...

Hoje ouvi esta música no carro (passou na Super fm) e fiquei ali a relembrar os meus 13 anos de parvoeira, quando passava tardes a andar de bicicleta, ou quando ia alugar filmes ao clube de vídeo com a minha melhor amiga. Lembro-me que um dia alugámos o Mortal Kombat, um dos piores filmes de todos os tempos e achámos que era brutal. Ridículo

Na altura achava este vídeo um máximo, completamente diferente. Na realidade ainda o acho extremanente actual e vejo ali umas semelhanças muito ténues com o filme Orange Clockwork.

Já que falei no filme vou deixar aqui a "treila", para verem como é tão bom:

terça-feira, março 10, 2015

Rebuçadinhos


Quem não se lembra de comer estes rebuçados em criança não merece o chão que pisa. Eu, apesar de ser gulosa, não sou garnde fã de rebuçados (só dos Mel Granja São Francisco). Classifico os rebuçados com a última guloseima a recorrer quando não há mais nada doce em casa e a "pissoa" está mesmo com necessidade de ingerir "açúcaros".



Depois há outros clássicos igualmente bons e que nos fazem recuar à infância:


Fartei-me de comer papel que ficava agarrado aos sugus...





segunda-feira, março 02, 2015

Super fm



Quando andava no 8º e 9º ano achava que todos os que eram da minha idade só ouviam a Super fm. Na verdade, aqui no burgo havia um grande grupo de fiéis ouvintes dessa rádio da margem sul. Era uma rádio mais feita à nossa medida e passava todas as músicas que mais gostavamos na altura. 

Um dia fechou, nunca percebemos muito bem porquê mas acabou de repente e deixou-nos orfãos da sua sua irreverência e bom gosto musical. A vida continuou, claro.

Há poucos anos atrás voltou para o ar, passando exactamente o mesmo tipo de musica, como se tivesse parado no tempo. Pessoas como eu, que acham a maior parte dos hits que por aí andam um vómito, agradecem essa paragem no tempo. Poder ouvir Alice in Chains, Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, Red Hot Chili Peppers na rádio poupa-me os cds.

Hoje já não acho a Super a coisa mais espectacular do mundo, tem animadores fraquitos, programas com nomes palermas e de vez em quando passam bandas portuguesas de metal assim a mandar para o insuportável. 

80% do tempo é nice, vale pela boa música.


sexta-feira, janeiro 23, 2015

Chocolate

Se fosse saudável eu vivia de chocolate, é o "alimento" que me dá mais prazer comer. Sou fã mas não gosto de tudo. Odeio Tulicreme, por exemplo, aquilo sempre me soube a chocolate de pechisbeque. Se me queriam pôr chocolate no pão então comprassem Nutella, faxabor. Isso sim, sabe a chocolate. Eu ainda sou do tempo em que a Nutella vinha em copos de vidro com uma tampa de plástico, copos esses que depois eram aproveitados pela mães para acrescentar aos copos que tinham a uso.

Também me lembro do Twix se chamar Raider (e ainda bem que encontrei uma foto para comprovar). 

De todos os chocolates que habitavam os cafés do nosso tempo o meu preferido era o Bounty. Eu sei que não é uma escolha óbvia mas sempre adorei esse chocolate por ser tão refrescantemente doce. Mas não se apoquentem, tudo o que vinha à rede marchava, tudo menos Tulicreme.        










sexta-feira, janeiro 16, 2015

Via Rara


Já não passo aqui há tanto tempo que nem sei se ainda está tudo assim, como me lembro. Há lugares que nos transportam para a nossa infância.
 Este chafariz e tudo o que está à volta dele desde a casa da Cidalina à casa da avó do Hugo, passando pela casa dos meu avós trazem-me muitas memórias, todas boas, da minha infância passada quase sempre na rua a brincar!

Apanhei a foto num grupo do Facebook, não pude deixar de usá-la!

quarta-feira, janeiro 14, 2015

Foz do Lizandro



O meu pai detestava filas de trânsito, mas detestava de uma maneira visceral. As nossas idas à praia, ao fim de semana nunca passaram pela Costa de Caparica, isso era igual a enfiar-se toca do lobo.

Em vez disso íamos para a zona da Ericeira, a uma praia chamada Foz do Lizandro. A praia tinha de um lado o mar revolto da Ericeira e do outro um lago pequenino onde eu e outros miúdos faziamos litros de xixi.

Antes de irmos para o Algarve era ali que fazíamos uns dias de praia.

Levávamos marmita e almoçávamos num pinhal ali perto. Levávamos a mesa e os bancos de campismo e uma manta para o chill out pós almoço. Eu deliciava-me a tirar pinhões das pinhas e a parti-los delicadamente no meio de duas pedras. Recordações como esta não têm preço e tenho uma divida de gratidão para com os meus pais por estes momentos mágicos da minha infância. O meu pai não ia connosco à praia, deixava-nos lá e ia para o pinhal ajeitar as coisas, uma vez foi ver os ciclistas da volta à Portugal que por ali passaram. Trouxe-me brindes: pálas de bonés em cartão, baralhos de cartas, etc...

No caminho passávamos sempre em frente à casa do Joaquim Agostinho, o meu pai contava-me a história da última prova dele, da forma trágica como morreu, de como cheio de coragem (e burrice) terminou a etapa a sangrar da cabeça.
Às vezes parávamos no sobreiro para ver os bonecos do José Franco e para comer pão com chouriço.

Memories...
Estas memórias aquecem-me o coração e fazem com que me aperceba da infância brutal que tive, dos pais naturalmente geniais que tive. Se pudesse viveria tudo outra vez mas ainda com mais intensidade, com mais carinho, com mais abraços.

Se vos disser que todas estas memórias foram despoletadas quando hoje ouvi esta música por acaso.



O meu pai tinha uma cassete no carro com êxitos dos 60's e 70's. Eu gostava muito desta.





terça-feira, dezembro 30, 2014

Regresso ao passado - brinquedos

O que eu adorava este jogo dos peixinhos que abriam e fechavam a boca


A minha primeira Barbie foi uma igual a esta dos corações, sempre fui uma romântica.

Nunca tive uma lancheira destas mas lembro-me de vê-las "ao molho".