Não consigo falar em ninguém em particular. Aquilo que me inspira actualmente não são pessoas mas actos. Pequenos actos que demonstrem coragem, honestidade, humildade, humanidade.
Este fim de semana fui ao funeral da mãe de uma das minhas grandes amigas e senti-me inspirada pelo discurso que o seu ex-marido decidiu fazer. Leu uma bonita carta de despedida que escreveu nessa manhã para aquela que, agora era somente, a mãe das suas filhas. Foi um momento tão triste e tão bonito ao mesmo tempo. Ele não tinha que o fazer, a senhora era sua ex há tantos anos. Mas fê-lo e fê-lo com tanta dignidade, tanto respeito, tanto carinho que foi inspirador para todos os que estavam presentes.
Isso é inspirador.
Inspiradores são os actos, as pessoas nem tanto.
3 comentários:
As pessoas inspiram mas também desinspiram. Liguemos mais, pois, aos atos.
Eis um belo exemplo inspirador:
- A pessoa mais importante da minha vida está a passar por um já longo período de provação e privação para poder dar estabilidade, alegria e segurança às filhas.
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A minha ama inspirou-me a vida toda. A minha mãe costuma dizer que tenho mais da minha ama do que dela própria.
Saíu de um casamento curto quando percebeu que tinha tudo para entrar na estatística da violência doméstica e numa época em que as mulheres poucos direitos tinham e o divórcio não era um deles. Reencontrou o amor e esperou pacientemente pela democracia para o poder oficializar. Não teve filhos por impossibilidade mas amou e cuidou de tantas crianças. Dava muitos presentes sem datas especiais e nem sempre no Natal e aniversários. Ensinou-me a fazer palavras cruzadas, a jogar às cartas, a gostar de cães, a gostar de usar toalhas bordadas e pratos bonitos, a ser fascinada por Londres com as histórias da falecida irmã Maria que serviu em Buckingham.
Acho que ainda vou aprender a costurar na velhinha Singer que me deixou de herança...
Oh tão bom, obrigada Andreia
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