terça-feira, novembro 12, 2013

A loja dos doces (estou a salivar)

A meio do caminho entre a paragem do autocarro e a escola, onde fiz o 5º e 6º ano, havia uma papelaria com uma bancada cheia de caixas de gomas. Não eram expositores como existem agora, nem as gomas eram compradas ao peso. Era mesmo uma bancada cheia de caixas transparentes com gomas de todos os tamanhos e feitios lá dentro. 

As gomas eram vendidas à unidade e, enquanto apontávamos para as caixas, a senhora (se a memória não me falha, chama-se D. Palmira) ia dizendo o valor em que ia a nossa compra. A maior parte das vezes comprávamos 100 escudos de gomas. 

Não o fazíamos todos os dias mas, todos os dias lá parávamos porque havia sempre alguém que queria comprar. Os doces eram colocados em cartuchos de papel branco e aquele cartucho cheio e o cheiro daquela loja pecaminosa são das melhores recordações que guardo desses dois anos lectivos. 

Uma das minhas colegas conseguia guardar as gomas uma tarde inteira, ia comendo uma de cada vez e quando chegava ao final do dia ainda tinha. Aquilo irritava-me, a maior parte das vezes nem conseguia chegar ao portão da escola com alguma coisa no cartucho. Vê-la com gomas durante a tarde toda era uma tortura, eu bem pensava: “amanhã também vou guardá-las!”. Nunca consegui.


Preferidas: feijões, amoras, dedos, morangos (sem açúcar), bananas e garrafas de coca-cola! Odiava os zeros, como lhes chamávamos, eram ácidos, blherc.

 









3 comentários:

O Toupeira disse...

Essa tua colega parecia o Hugo, que demora 1/2 hora a comer um gelado ;)

Andreia Agostinho Dias disse...

Portanto, se o Hugo comesse um gelado perto dos nossos filhos ia ficar sem ele ;)

Ti' Ana disse...

Hum, provavelmente. Se a Clara já me morfou gelados a mim, que como aquilo em três tempos, imagina!