A meio do caminho entre a paragem do autocarro e a escola,
onde fiz o 5º e 6º ano, havia uma papelaria com uma bancada cheia de caixas de
gomas. Não eram expositores como existem agora, nem as gomas eram compradas ao
peso. Era mesmo uma bancada cheia de caixas transparentes com gomas de todos os
tamanhos e feitios lá dentro.
As gomas eram vendidas à unidade e, enquanto apontávamos
para as caixas, a senhora (se a memória não me falha, chama-se D. Palmira) ia
dizendo o valor em que ia a nossa compra. A maior parte das vezes comprávamos
100 escudos de gomas.
Não o fazíamos todos os dias mas, todos os dias lá
parávamos porque havia sempre alguém que queria comprar. Os doces eram colocados
em cartuchos de papel branco e aquele cartucho cheio e o cheiro daquela loja
pecaminosa são das melhores recordações que guardo desses dois anos lectivos.
Uma
das minhas colegas conseguia guardar as gomas uma tarde inteira, ia comendo uma
de cada vez e quando chegava ao final do dia ainda tinha. Aquilo irritava-me,
a maior parte das vezes nem conseguia chegar ao portão da escola com alguma
coisa no cartucho. Vê-la com gomas durante a tarde toda era uma tortura, eu bem
pensava: “amanhã também vou guardá-las!”. Nunca consegui.
Preferidas: feijões, amoras, dedos, morangos (sem açúcar), bananas e garrafas de coca-cola! Odiava os zeros, como lhes chamávamos, eram ácidos, blherc.
3 comentários:
Essa tua colega parecia o Hugo, que demora 1/2 hora a comer um gelado ;)
Portanto, se o Hugo comesse um gelado perto dos nossos filhos ia ficar sem ele ;)
Hum, provavelmente. Se a Clara já me morfou gelados a mim, que como aquilo em três tempos, imagina!
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