segunda-feira, outubro 28, 2013

Os "e se" que poluem a cabeça de todos os pais

Ontem a Clara magoou-se a milímetros do olho esquerdo. Caiu sozinha, andava armada em macaca. Pensámos que fosse mais uma queda sem consequências até que lhe levantei a cara, lá estava, sangue perto do olho. Nem pensei sobre isso, calmamente lavei-lhe a cara, falei-lhe naquele tom que só as mães sabem falar: "Já passou, prooonto!"

Quando já andava de novo a brincar, sem consciência do que lhe tinha acontecido, o meu cérebro estúpido começou a divagar por cenários horríveis. Cenários em que aqueles milímetros, que a separaram de se magoar a sério, não existiam. Nem sei, nem quero pensar nisso, o segredo é mesmo não pensar. A assustadora hipotese dela se magoar, de alguém a magoar não pode andar a circular na minha cabeça. É um pensamento censurado porque põe-me doente, cheia de medos e raiva por pessoas que nem sequer existem.

Resta-me acreditar que algo ou alguém anda sempre a olhar por ela (logo eu, descrente, a ter que crer só para me acalmar).


3 comentários:

Andreia Agostinho Dias disse...

Mães...

O Toupeira disse...

Isto agora vai ser um "pé-de-demónio" com a miúda a querer mexer-se cada vez mais!

XaninhA disse...

Espera quando for para a escola e te disser que alguém lhe bate