Alcunhar, o nosso guilty pleasure

O Rui tem o dom de dar alcunhas a todos aqueles dignos de as receber. Isto de dar alcunhas não é para todos, ele aprendeu com o grande mestre das alcunhas que é o próprio pai. Posso até arriscar dizer que é uma dádiva genética. Pronto, estou a exagerar...

Genético ou não, o dom está lá e é uma coisa contagiosa. Nestes quase 6 anos de vida em comum não consegui resistir à febre de "alcunhar" o "alcunhável".

Ora bem, exemplos...

Vamo-nos cingir ao mundo Terceirense, por enquanto.
Temos aqui um cromo que assim que chegou só sabia falar nas casas, quem tinha casa, quem não tinha. Como é óbvio passou a ser o Remax.
Há outra figura que não tem tento na língua, é o cara***das.
Para um outro, que anda sempre com a cabeça baixa e a falar sozinho, decidi que a melhor alcunha era, pura e simplesmente: o chanfrado dos cornos.
Há uma que num jantar se virou e disse (com voz de bagaço): "F***-** massa como entrada?!. Essa é a Burgessa da massa.
Temos um que tem a mania das limpezas e tudo tem que estar sempre perfeito, é o Mister Perfect.
Há um que se chama Fausto, nós chamamo-lo de Falso, guess why!?
Temos uma vizinha que nos faz lembrar a personagem da Maria Rueff no "Ai mãezinha não t'apagues!". Essa é a Miss gueto.
Um parece o Jay Leno (não tem a queixada tão proeminente mas é muito parecido), é o Jay Leno.
Claro que em todo o lado há o Chóninhas, tivémos um no prédio da primeira casa onde vivémos e há um aqui também, é uma espécie em expansão.
Um outro anda sempre a falar ao telemovel, é o Business man, a esposa dele é a Iceberg Lady.

Tenho a certeza que me estou a esquecer de muitos, mas o Rui está a trabalhar e sem a ajuda dele é complicado...

Não se assustem que só damos alcunhas aos que não são amigos...é uma forma de exorcizar as coisas más (às vezes não são más, são só comicas) que nos transmitem.