quinta-feira, março 23, 2006

Good feeling



Hoje enquanto descia a minha rua fui inundada por uma paz difícil de explicar. Enquanto andava fui questionando a razão para sentir aquele enorme conforto interior.
Fui pensando nas coisas que me aborreceram nos últimos dias, nas últimas semanas, meses, anos! Lembrei-me de coisas tolas, de coisas graves, de coisas que me magoaram. Lembrei-me de situações onde tive de me calar e de outras onde tive de “bater o pé”. Lembrei-me de já ter perdido, de também já ter ganho (grandes desilusões sobretudo).
A paz foi a tomada de consciência da força que trago comigo. Não interessam os pés que me possam espezinhar, nem as mortes que me possam atormentar, os amigos que posso perder. Não interessam as vezes que grito e não oiço a minha voz.
Nenhuma dessas coisas me conseguiu derrubar.
O suspiro calmo que dei foi uma avalanche de confiança que se debateu em mim naquele momento. Posso passar por tempestades sem fim mas o meu barco há-de chegar sempre a bom porto.

2 comentários:

Anónimo disse...

A menina está muito poética para o meu gosto. Deve ser da primavera.

Já para não dizer que colocar um senhor claramente cubano como representante da população envelhecida Via Rarense, enfim, é um esticão...

O que lhe fazia falta aí era a foto de um senhor barrigudo sem t-shirt a fazer umas febras. Isso é que era!

Anónimo disse...

Os barcos fazem-me lembrar nós. Os nós fazem-me lembrar pessoas. As pessoas, às vezes, fazem-me lembrar maldade. Maldade faz-me lembrar ódio. Ódio faz-me lembrar discussões. As discussões fazem-me lembrar pazes. Pazes fazem-me lembrar Amor. E o Amor, tão cheio e oco ao mesmo tempo, faz-me lembrar que tudo o que sentimos serve de alimento à alma. Deve ser difícil (e bom ao mesmo tempo) ter uma alma cheia. Deve ser por isso que suspiras tanto...

*B*E*I*J*O*