segunda-feira, março 11, 2019

Day 19 - Discuss your first love

O meu primeiro amor foi muito necessário. Ele surgiu numa altura da minha vida em que eu precisava urgentemente de colo, de ouvidos, de atenção. Deu-me tudo incondicionalmente e eu amei-o por isso. Não porque era tudo o que eu sonhava, não porque fosse um príncipe encantado, mas porque me aceitou assim mesmo como eu estava, partida em mil bocados, sem rumo, amargurada.
Com ele aprendi as lições mais importantes ao nível das relações românticas:
- Aprendi que não aprecio bad boys. Não gosto de me sentir insegura, não gosto que me coloquem em situações desconfortáveis;
- Aprendi que não suporto homens ciumentos e controladores. De início até é fofo, "ah e tal, ele gosta mesmo muito de mim". Com o tempo os ciúmes intoxicam a relação e já não se consegue dar um passo sem pensar: "será que ele aprova ou não isto?" - Logo eu, que adoro liberdade, que adoro conviver, tornei-me numa espécie de reclusa;
- Aprendi que não me posso entregar a alguém quando estou em baixo ou carente. A carência faz-nos tomar más decisões. Eu sou muito vulnerável em momentos de carência e as minhas piores relações surgiram todas em momentos de carência. Avaliei mal as pessoas, achei-as melhores do que eram na realidade. Depois corri atrás do prejuízo. Felizmente consegui ter sempre a coragem e a dignidade de ser eu a colocar um ponto final nessas mesmas relações;
- Aprendi que prefiro homens low profile, que passam entre os intervalos da chuva, que se sabem comportar em todas as situações, que não necessitam de ser o centro das atenções;
- Aprendi que não aprecio fanatismos. O fanatismo está sempre associado a uma grande falta de amor próprio, ignorância, mundinho pequeno. Se há coisa que odeio é pensamentos colectivos. Cada qual tem que pensar pela sua cabeça;



2 comentários:

O Toupeira disse...

Começou na altura certa (namoros até ao final do secundário não), aprendi (para o bem e para o mal) e acabou quando as diferenças de postura perante o mundo e os outros seres humanos se extremaram.

Andreia Agostinho Dias disse...

Sou um livro em branco, o meu primeiro amor foi o meu marido e toda a gente conhece a história. Andámos nas mesmas escolas entre o 5º e o 12º anos, tínhamos em comum grandes amigos mas nunca fomos da mesma turma nem nunca falámos muito. Já durante a faculdade reencontrámo-nos num jantar de aniversário de um amigo, sobrávamos entre casais e falámos mais naquela noite do que nos 10 anos anteriores. Saímos três dias depois, começámos a namorar uma semana depois, casámos 6 anos depois e cá estamos 16 anos depois com o terceiro filho a caminho.