Dois adultos + duas crianças + um casal de gémeos + dois gatos + dois cães = F***ing chaos...
sexta-feira, junho 23, 2023
Músicas que nos fazem viajar no tempo
Em Agosto de 2004 andei pela primeira vez de avião, tinha 21 anos.
A minha melhor amiga organizou tudo e fomos à Madeira.
Ela era toda uma organização absolutamente infalível e eu contribuía com o meu bom humor e a minha capacidade de aproveitar a vida. Acho que é uma boa troca. Imaginem-se a organizar uma viagem para vocês próprios e um amigo e chegam lá e esse amigo, que não fez nada, diz mal de tudo, torna-se desagradável, certo?
Eu não, eu disse bem de tudo menos de não haver informação nenhuma na net sobre os milhões de lagartinhas que existem na Madeira. As pessoas ficam muito surpreendidas com esta minha fobia como se eu fosse uma espécie de Rambo a quem não são permitidos medos. Passei a viagem toda a dizer "mas porque é que ninguém me avisou".
Reza a lenda que desci uma escadaria gigante junto aos jardins do Casino a correr desalmadamente enquanto as lagartixas se desviavam do caminho e enquanto a Patrícia soltava umas gotinhas de tanto rir...da minha figura.
Fomos com o dinheiro muito contadinho e os nossos jantares foram quase sempre Panrico com queijo ou manteiga. Uma autêntica bosta. Nós, para variar, rimos muito dessa nossa miséria, estávamos tão felizes com a viagem que todos esses pormenores eram absolutamente insignificantes. Até o pormenor de partirmos facas de plástico a tentar barrar aquele pão de merdinha em cima das camas. E riamos que nem umas perdidas.
Aquela viagem foi muito bem aproveitada. Não tínhamos carro mas corremos a ilha de transportes públicos. Ah pois é bebé, a malta viu a ilha de camioneta a ouvir musica num discman que a Patrícia segurava muito direitinho em cima da sua mochila. Tinha que ser ela a levá-lo, comigo aquilo estava sempre a falhar. E ouvimos os mesmos cd's sem parar. Uma das músicas que mais ouvimos foi esta dos Blink 182.
Também chorámos nessa viagem, chorámos de desamor, chorámos porque é normal não perceber nada de amor naquela idade. Hoje olhando para o quão giras e poderosas eramos (sem saber) não teria chorado aquelas lágrimas. Mas faz parte, é assim que se aprende.
Sempre que oiço esta música sou automaticamente teletransportada para Agosto de 2004, Madeira, Patrícia, Viagem de Porto Santo de regresso ao Funchal no Lobo Marinho.
Fomos espertas e gastamos uma porrada de dinheiro para apanhar esse barco e passar o dia todo em Porto Santo. Que dinheiro tão bem gasto.
Quando saímos de manhã no Lobo Marinho eu disse à Patrícia "Não percebo porque é que as pessoas dizem que enjoam nos barcos, tá-se bem, isto não abana nada!"- Estávamos a ir junto à costa da ilha da Madeira, assim que a costa desapareceu o barco começou obviamente a balançar e eu retirei o que disse. Não enjoei e ela também não mas aquilo abanou.
Na viagem de regresso ao entardecer enquanto íamos na beirada a ver o mar apareceram golfinhos a nadar ao lado do barco. Foi tão mágico. E depois já de noite começámos avistar o farol de são Lourenço na ponta mais Este da ilha. Foi tão bonito e nessa altura em que estávamos tristes por causa dos desamores da vida nem nos apercebemos de que aquela viagem iria ser imortal.
Não nos apercebemos que eramos a companhia perfeita uma da outra naquele momento. A nossa amizade era superior a qualquer palerma que não nos soube aproveitar. Na altura não tínhamos essa noção. Hoje para mim é claro como a água. Não há ninguém neste mundo com quem eu quisesse mais ter feito aquela viagem.
Muita parvoíce dentro de autocarros
Numa fase em que ainda tentava controlar o meu cabelo colocando 300kg de espuma pela manhã ficando com uma espécie de cola/paus rijos encaracolados
Mergulhei ali naquela piscina
Houve sempre um fascínio por fardas
Sessões fotográficas dentro da pousada. A fingir (mal) que leio qualquer coisa
Agora uma aqui ao pé da lareira de perna alçada
Quando ainda tinha as mamas no sítio certo por motivos de não terem sigo sugadas por 4 crianças durante anos a fio
Como é que tirámos esta foto? Não me lembro.
E esta? Programámos a máquina fotográfica em cima de uma mesa?
Bem, brutal! 🥰 Adorei cada momento (mesmo os chorosos 😭), cada refeição (esqueceste-te que fomos comer o melhor hambúrguer da Europa 🍔), cada passeio (teleféricos incluídos 🚠), cada risada (até às que fizeram dores de barriga 🤢), cada viagem (mesmo quando o autocarro se ia estatelando ribanceira abaixo ⚰️), cada música (porque são imensas: desde o Summer Jam aos Xutos 🎶). Ia já amanhã outra vez (mas levava mais roupa, visto que nas tuas fotos estou sempre com o mesmo top... 🙄)
3 comentários:
Bem, brutal! 🥰 Adorei cada momento (mesmo os chorosos 😭), cada refeição (esqueceste-te que fomos comer o melhor hambúrguer da Europa 🍔), cada passeio (teleféricos incluídos 🚠), cada risada (até às que fizeram dores de barriga 🤢), cada viagem (mesmo quando o autocarro se ia estatelando ribanceira abaixo ⚰️), cada música (porque são imensas: desde o Summer Jam aos Xutos 🎶). Ia já amanhã outra vez (mas levava mais roupa, visto que nas tuas fotos estou sempre com o mesmo top... 🙄)
Se calhar aquelas em que apareces foram tiradas todos no mesmo dia.
Os homens rapazes são (mais) parvos nessa altura da vida. Fizeram bem, viajaram as duas.
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