domingo, setembro 02, 2018

Desabafo set 2018


Ora bem...eu sei que tenho estado ausente. Vou pondo aqui umas coisas mas conversa que é bom, nada.
Tudo tem um motivo, tudo tem uma explicação.

Quando não me sinto espectacular encolho-me na minha concha, daí não escrever nada mais do que legendas de fotos de há uns meses para cá. Eu olho para o pc e não tenho nada interessante para dizer. Tenho coisas interessantes a acontecer na minha vida mas nem sempre me apetece partilhar.

Lembram-se daquele equilíbrio zen que consegui alcançar nos Açores. Foi tão bom, sem dramas familiares nem laborais, só nós no nosso pedaço de paraíso. Desde que voltámos parece que entrámos num comboio de alta velocidade. Piscámos os olhos e passaram três anos. Sinto-me desgastada, esta correria do dia-a-dia tira-me o brilho dos olhos. Se calhar sou uma rapariga do campo, gosto de tranquilidade, gosto de ter tempo para contemplar tudo, gosto de não ter que olhar para o relógio.

Agora vocês pensarão: Ah és muito picuínhas, tens uma vida brutal, duas filhas cheias de saúde e um maridão que te adora, porque é que estás para aí com m****s!?

Eu sei tudo isso meus queridos. O meu problema é que esta vida de correria faz com que nunca tenha tempo para mim. Aliado a isso tenho uma personalidade que, para meu mal e bem dos outros, tende a auto-negligenciar-se em nome do bem comum, da harmonia e da felicidade dos rostos de quem gosto. Às vezes é muito difícil ser eu. Ainda bem que as pessoas à minha volta só vêem a camada superficial de tudo aquilo que eu sou. Essa camada superficial é altamente funcional, articulada e animada. Por dentro sou um remoinho com várias linhas de pensamento que me fazem sentir 85388 coisas contraditórias ao mesmo tempo.

Não estou a dizer que estou deprimida, sinto-me só bastante desmotivada para tudo o que faz parte da minha vida fora destas quatro paredes. A minha vida aqui em casa com os meus é de facto o MELHOR. Aqui sinto-me sempre amada, sinto-me aceite, aqui posso ser eu a 100%. É essa a nossa maior força enquanto núcleo familiar, somos sempre sinceros e gostamos milhões de infinitos uns dos outros.

Deixo-vos com a música que estive a ouvir enquanto escrevinhei estes rabiscos:




1 comentário:

O Toupeira disse...

Acho que, tendo em conta o conjunto de portas que tens na tua vida, tens de bater com uma específica. Ousar, arriscar, pensar em ti primeiro!