Dois adultos + duas crianças + um casal de gémeos + dois gatos + dois cães = F***ing chaos...
quinta-feira, junho 14, 2018
Um post narcisista (também é necessário)
Na terça vimos o filme Tully. Mandámos uma moeda ao ar e ganhei. A parte má é que sábado tenho que ir ver o espectacular, muito adorado por mim desde sempre, Jurássico qualquer coisa, whatever.
Em relação ao filme de ontem. Aquela personagem sou eu, eu e todas as mães com mais do que um filho que derivam entre a exaustão e a saudade do que já se foi. Nós sabemos que somos muitíssimo felizes e muitíssimo amadas mas sentimo-nos sempre um pano do chão. Não quero deixar aqui spoilers mas o filme fica estranho a meio. No fim sente-se aquele alívio/climax quando tudo faz sentido. Está muito bem escrito e deixou-se com esta ideia na cabeça, a de "visitar" o meu eu do passado e tentar buscar inspiração em mim própria.
Este exercício não passa por olhar para as fotos e sentir-me mal comigo, nem o objectivo é pensar que naquela altura é que era bom.
Não, nada disso, agora é que é bom. Mas é também bom ganhar força com aquilo que já fui. As decisões, a coragem que precisei para tomar decisões e tomei-as e sofri com isso e mais tarde orgulhei-me disso. Conquistei tudo ao meu ritmo, e tentei nunca me preocupar em escrever a minha história da forma que se esperava.
Em tempos idos já consegui ir ao ginásio todos os dias, comprar uma mota com o meu dinheiro contra a vontade de todos. Aluguei casa sozinha com 24 anos. Era livre, responsável, realizada mas solitária. senti-me tão sozinha naquela casa, naquela varanda espectacular com vista para o rio. Pensei tantas vezes que tinha conseguido conquistar aquelas coisas mas que não tinha ninguém com quem partilhá-las. O Rui só apareceu um ano depois.
Andei pelo Bairro Alto, por Lisboa em concertos, exposições e festivais. Fui a muitos restaurantes, aniversários, jantares comemorativos. Viajei de carro por Portugal e Espanha e apanhei aviões para sítios que nunca tinha imaginado conhecer. Vi todo um mundo e fiz milhentas coisas antes de assentar e ser mãe.
Valeu a pena, vivi bem.
Às vezes, nos momentos de maior loucura (pessoas pequenas aos gritos à minha volta, cão e gatos a chatear) sinto saudades daquela pessoa que já fui. Regresso àquela varanda onde me senti tão sozinha e volto a sentir-me feliz no meio da confusão.
A vista da varanda (nascer do sol)
Sempre gostei de nadar em chocolate...
Preparação para baile de finalistas da faculdade, 2004
Na minha casa momentos depois de montar a sala
Farda Scalabitana
Viagens por Portugal
Eu e a minha babe no cabo da Roca
Brasil, 2007
Brasil, 2007
Brasil, 2007
Brasil, 2007
A decorar um espelho para a minha casa nova, 2007
São Vicente, Madeira, 2004
Primeiro animal de estimação só meu
Viagens de comboio para Santarém 2000/2004
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
Madeira 2006
O meu quarto em Santarém e o meu velhinho compaq que durou 10 anos
Numa fds em que não vim a casa (nos tempos de Santarém) decidimos passear até essa terra desconhecida, Alpiarça. parei para tirar foto, claro...mal sabia eu que Alpiarça me iria ser tão próximo.
À descoberta da cidade em duas rodas, o louco ano de 2007...
(esta tem pouca qualidade) Sempre pronta para fazer a mala e ir...
A minha velha tendinha, na Nazaré, outra terra que me iria ser próxima por afinidade conjugal
Nazaré 2006
O bichinho do campismo vem do berço...Praia Verde, Algarve, 199?
No verão, no Algarve eu andava sempre de cuecas e sandálias. Outros tempos, outro Algarve.
Ah o que sempre adorei as cadeiras de Expressão Dramática.
Sim, já me aleijei no dedo do meio. Sim, aqueles sofá/jarra/tapete/mesa são horríveis bem como a minha camisola.
1 comentário:
Amo-te*
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