sábado, fevereiro 04, 2017

É capaz de ser isto



Desculpem a ausência. A verdade verdadinha é que o blog tem ficado para segundo plano. O quotidiano continental tem dado cabo de nós. Nos Açores tinha mais disponibilidade para me dedicar ao tasco. Nos Açores...nos Açores...(suspiro).

Confesso que ando um pouco desanimada. Confesso também que quando ando assim gosto de me recolher, de sofrer para dentro. Não se alarmem, as coisas mais importantes estão todas bem. Temos saúde, estamos juntos (os 8) e continuamos a amar-nos a todos.

O problema sou eu. (lol esta é mesmo à filme). Estou numa encruzilhada pessoal e não sei o que fazer. Se há coisa com a qual não sei lidar é com incertezas minhas. Pobre Rui, que paciência para me aturar, "um rapazinho tão bom" (palavra de Elisa). Reconheço que quando ando assim sou mesmo má companhia. Não viro bruxa mas fico mais calada, não tenho grande entusiasmo com nada, rio muito menos.
Enquanto estive nos Açores arrumei a minha cabeça tão bem e agora estou mais baralhada do que nunca. Aquele ambiente zen, aquele ritmo de vida, aquela abundância de tempo deram-me anos de vida. Desconstruí-me e voltei a colar as peças todas nos sítios certos.

Faz este mês 2 anos que voltámos e, embora tenhamos voltado para os mesmo sítios, tudo mudou. Sentimos que aquela experiência nos modificou para sempre. Fazendo uma analogia parva, é como se tivesse namorado com um rapaz chamado Lisboa, depois namorei com um chamado Lajes e quando tudo acabou com o Lajes voltei para o Lisboa. Gosto do Lisboa mas quando o beijo penso no Lajes, nada do que o Lisboa faz chega ao pés do Lajes. Percebem?
Voltámos à pressa, vivemos à pressa e o tempo passa a correr. Talvez o amago da questão seja mesmo esse. Voltámos à pressa, não tivemos tempo para preparar o nosso regresso. Nós, animais e coisas enfiados à pressa numa casa que deixou de ser funcional para uma família maior do que aquela que saiu daqui em 2013.

Vamos lá dar a volta a isto (com paciência)
Deixo-vos aqui com um mini top de Frank. Gosto de o ouvir quando preciso de um aconchego auditivo. A voz dele faz uma espécie de "cafuné" na minha alma baralhada.



3 comentários:

Carolina Melo disse...

Sinto exatamente o mesmo neste momento por razões algumas idênticas, outras diferentes. Estou solidária e o Frank provoca o mesmo em mim!
Apesar de tudo e também de eu ser uma melga tem sido um privilégio partilhar os dias contigo. Embora mais calada eu espero vi a fazer-te rir muito. Os parvos tem esse dom, eu sou parva.
Este texto, fico sem palavras.

Carolina Melo disse...

E tenho um livro cá em casa que tem como título "o problema não és tu sou eu" 😂😘

O Toupeira disse...

Trocar de casa: este é o lema!