Confesso que fico sempre nervosa quando a apresento a alguém que não a conhece, porque sei que mais tarde ou mais cedo vou ver aquela expressão facial nas pessoas, que oscila entre o "a miúda é maluca" e o "a miúda é mal educada".
Gosto de pensar que ela é um rebuçado daqueles muito ácidos ao início mas que depois vão adoçando. Aquela primeira camada de coisas é difícil de gerir mas, quando a segunda camada aparece ficamos "oh tão vom", porque no fundo, no fundo (lá bem no fundo) ela é um doce, uma carente que parece não precisar de nada nem de ninguém mas que só quer é mimos e atenção.
Enfim, é dar-lhe tempo, deixá-la crescer. Agora por falar em deixá-la crescer, lembro-me que quando era miúda andava livremente de bicicleta pela terriola onde cresci e cheguei a perguntar à minha mãe se ela não tinha medo que eu andasse pela estrada.
A minha mãe (que não é a pessoa mais religiosa de todas) disse-me: "Não gosto muito mas quando eu não te vejo estás nas mãos de Deus e é assim que gosto pensar!". Sapiência. Eu cá já não sou tanto assim, sou mais possessiva, menos crente também.
Enfim e com isto tudo aproxima-se a minha hora preferida do dia, a hora de ir buscá-la à escola.
Um dos seus hobbies de eleição, ver o video do casamento... |
Pijama, avental e bebé no bolso, uma autêntica doméstica... |
1 comentário:
Excelente descrição (bem que podia ter saído ao "superdiplomata" do pai, caramba!...). ;)
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