Todos nós, mesmo aqueles que agora gostam de dar uma de intelectuais "ai eu não vejo tv", vimos novelas na nossa infância. Tinhamos que ver, não havia mais nada. Dois canais, eu ainda sou do tempo dos dois canais. Enfim, todos temos também uma novela que nos prendeu à tv mais do que as outras.
A minha novela preferida foi uma chamada "A história de Ana Raio e Zé Trovão". Eu sei, o nome é parvo e a temática em si (Rodeos no interior do Brasil) não me diz grande coisa. Mas, mesmo assim, eu devorei esta novela e ai de alguém que me dirigisse a palavra naquela hora. Cheguei a discutir com a minha mãe por me distrair durante um episódio. Ela dizia que eu andava parva com aquilo (e se calhar andava).
Aquilo que me fascinou foi mesmo a história de amor entre os personagens principais. Era uma história diferente. Ela tinha sido violada na adolescência e era muito desconfiada em relação aos homens e ele, um ex-mulherengo, ficou completamente fascinado por ela e pela sua singularidade. A novela passou quase toda sem que nada de muito fisico acontecesse entre os dois. Ele era tão apaixonado por ela que ia esperar o tempo que fosse preciso para que ela o aceitasse. Só mesmo no fim é que começam a dar uns beijinhos.
Nos entretantos montavam uns bois bravos e competiam uns com os outros para ver quem se aguentava mais em cima do boi.
5 comentários:
Eu papei muita novela, no problem em admitir, e gostei de várias para ser sincera. No entanto olha que desta acho que nunca ouvi falar...
Começo a desconfiar que era a única a ver esta novela, nunca ninguém conhece!
Já disse que esta história tem alguns contornos familiares aos de outra que eu cá sei... ;)
Eu também via essa, mas era só às vezes. Tirando o Rei do Gado, nunca fui muito assídua de novelas do género. Lembro-me de vibrar com o Sassaricando, com a Quatro por Quatro e as Mulheres de Areia. Quando era pequena via todas: Vale Tudo, Sassá Mutema, Os Emigrantes, and so on. Era ao almoço e ao jantar, e se dessem de tarde também marchavam. E não eram só brasileiras: havia o Carrossel e a Maria do Bairro, a Topázio, a Esmeralda, e todas as pedras preciosas que se seguiram lol
Sou uma intelectualóide novelista :)
Epá a minha mãe adorava a Topázio, que desgraceira de novela...era cega depois ficou boa e depois ficou cega outra vez...
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