domingo, setembro 01, 2013

CBD

Daqui a um mês faço 31 anos mas, na verdade, em setembro sinto-me com 12 e apetece-me voltar aqui:


Não, não vivo amargurada, nem vivo no passado, nem me questiono, nem tenho ataques de "ah não devia ter feito isto...devia ter feito aquilo!"

Nada disso. Setembro para mim significava voltar a um dos sítios onde passei mais horas da minha vida e isso era excitante. No primeiro dia de aulas sentia sempre borboletas na barriga.

Grande parte das pessoas refere-se aos tempos da faculdade como os melhores da sua vida, eu só comecei a gostar da faculdade no 3º e 4º ano, no 1º e 2º estive em negação. A sério que estive em negação, andei mesmo triste, sempre cheia de saudades do meu velhinho colégio.

Não sei explicar este sentimento, a ternura por um espaço físico. Talvez seja antes ternura por um espaço emocional, um espaço imenso, onde tanta coisa aconteceu. Ver fotos do colégio é como abrir uma caixa cheia de recordações. Uma caixa cheia de coisas boas.

Foi aqui que tive os melhores professores, os melhores colegas, os melhores amigos. Guardo tudo com muito carinho, desde as saídas com a equipa de vólei, aos convívios, à sala da associação de estudantes com a bela da mesa de ping-pong, aos torneios de futebol que seguíamos todos religiosamente. As horas de almoço serviam para ver os jogos. Eu torcia pelos cibernautas, nome da equipa onde jogava o rapaz de quem gostei do 7º ao 9º.
Good times. Se voltasse atrás só mudava uma coisinha (de tantos anos de colégio só mudar uma coisinha é muito bom). Não namoraria, não haveria cá namorados (ouviste Clara?). Acho que desperdicei muito tempo a namorar. Bem ou então não teria um namoro tão sério, pronto, ficamos assim.




4 comentários:

O Toupeira disse...

Também tenho de ser sincero: adorei o secundário, especialmente por causa das aulas de Teatro. Quanto à faculdade, valeu pelas 2/3 vezes por semana de futebolada... ;)

XaninhA disse...

Não sei se é do espaço físico que mais sentimos saudades, se do todo que éramos (físico e psicológico) quando lá estávamos. Poderei acrescentar um "Depois de ti, mais nada", ou um "Já fui tão feliz aqui", mas só os bartolomenses é que entenderiam :)

Ti' Ana disse...

Depooois de ti mais nada, nem sol nem madrugaaada

Andreia Agostinho Dias disse...

Ena que está tão diferente...
Fazem sentir-me velha porque para mim esse é o espaço onde todos os dias deixo o meu filho. Mas gostava muito que ele fosse tão feliz lá como vocês o foram. Bjs e saudades